Textos litúrgicos utilizados conforme a celebração do dia 03 de julho de 2017:
Leituras prs: Ef 2,19-22; Sl 116(117), 1-2 (R/ Mc 16,15); Jo 20,24-29.
Ef 2, 19-22
v.19 – Já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus.
Pertencemos a uma comunidade que tem nome e endereço. Construímos uma história que não pode ser ignorada, mas também não pode ser freada. Quando impedimos a comunidade de caminhar e de continuar construindo a sua história estamos tentando matá-la. Como ouvimos ontem, “… as portas do inferno, ou seja, as forças do Mal, nunca prevalecerão contra Ela” (cf. Mt 16,18). Ninguém consegue matar a obra de Deus.
Foi em nome de Jesus que a família de Deus, presente nesta comunidade, decidiu ir à praça, encontrar pessoas, demonstrar alegria e união. Quantas pessoas tomaram contato conosco e perceberam uma comunidade viva que não está reunida somente entre quatro paredes.
v. 20 – Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal.
Muitos são chamados, poucos os escolhidos. Quem chama é Deus, quem decide somos nós. O pai disse ao filho mais velho e ao mais novo: vai trabalhar na minha vinha. O filho mais velho disse, vou, mas não foi. O filho mais novo disse não, mas acabou indo. Qual dos dois decidiu atender ao convite do Pai?
Assim se comportam muitos de nós. E quanto aos profetas? O verdadeiro profeta está disposto a anunciar ao mundo a Palavra de Deus e nunca impedir Deus de ser conhecido. Se Cristo é a pedra principal, então entre nós deve prevalecer o Amor. O amor deve ser testemunhado nos gestos de unidade, colaboração e solidariedade. Veja a atitude do Cirineu ao ajudar Jesus a carregar a cruz. O Cirineu não ficou somente olhando, mas, embora sem vontade, decidiu ajudar Jesus dividindo o peso da cruz com Ele enquanto muitos só ficaram assistindo e se lamentando.
v.21 – É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor.
De nada adianta professar nossa fé no Senhor se não ajudarmos o irmão na construção do templo santo. Sabemos bem que toda construção oferece trabalhos difíceis e pesados. Por que deixar para o irmão a parte mais difícil?
v.22 – E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.
Queremos ser morada de Deus pelo Espírito, então devemos estar integrados à comunidade da mesma forma que os tijolos se integram formando o edifício, para então, em nome do Amor, viver no Espírito de Deus.
Tomé, embora sendo um dos doze, decidiu se isolar, afastar-se da comunidade. Continuava sendo apóstolo, porém, já não conseguia mais caminhar com o grupo, pois privava-se de experimentar a novidade do ressuscitado. Não conseguia ver Jesus Cristo presente no testemunho dos demais apóstolos e chegou até a tentar desqualificar o testemunho dos demais.
Quem vai compreender que a experiência realizada na execução da quermesse foi uma benção de Deus? Quem participou. Decidimos juntos caminhar como comunidade. Todos foram chamados, nós, porém, como o filho mais novo, demos o nosso Sim.
Obrigado pelo sim de cada um dos colaboradores na quermesse. Houve momentos onde precisamos ajudar uns aos outros. Houve momentos de dúvidas e talvez temor. Houve momentos de tensões e discussões, mas colocamos mais um tijolinho no edifício que tem como pedra principal Jesus Cristo.
Para os que não tiveram coragem de se deixar conduzir pelo senhor, por discordar das decisões, por não gostar desta ou daquela pessoa, porque não acreditaram na proposta, porque não estavam liderando o grupo ou por preguiça mesmo; vale o exemplo de São Tomé: visto o quanto estar junto da comunidade era importante, mesmo havendo diferenças, decidiu converter-se e reunir-se à comunidade. Jesus que é sempre misericordioso deu uma segunda chance para Tomé aparecendo a ele também, pois Jesus acolhe a todos que escolhem caminhar juntos.
Que um dia todos os cristãos pertencentes a esta comunidade possam professar unidos e a uma só voz como Tomé: meu Senhor e Meu Deus.
Muito obrigado a todos, obrigado por permitirem essa experiência maravilhosa que foi a nossa convivência.
Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!
Pe. José Pedro Teixeira de Jesus.
Festa de São Tomé Apóstolo